Prazeirando: Você já foi sequestrado?

Eu tenho o hábito (não sei bom ou ruim....alguns vão me condenar...tv é perca de tempo....outros vão me adorar...é excelente passa-tempo...rsrsrsrs) de assistir seriados policiais....entre meus adorados, está o Criminal Minds, transmitido pelo canal pago AXN.

Hoje (09/09/15) foi ao ar um episódio onde o galã do seriado (e moreno lindo diga-se de passagem) Derek Morgan, agente da equipe do FBI, encontra sua prima desaparecida (Cindi) há 8 anos. E por quem sua tia (do Derek Morgan, desculpem, não guardei o nome dela) nunca desistiu de procurar.

E no final Derek descobriu que Cindi havia sido sequestrada e não entregava o seu raptor (com quem se casou e foi obrigada a assinar um contrato de “Serviço Escravo”, e era tratada como tal...inclusive apanhava) porque ele (sequestrador e marido) havia levado o filho deles para um lugar desconhecido e o mantinha em cativeiro (sequestro de novo), e ameaçava Cindi, toda vez que ela tentava fugir ou pedir ajuda, dizendo que iria matar a criança. No fim tudo se resolveu, o bandido foi preso. Cindi e seu filho, se reencontram com sua mãe e irmã (da Cindi), e fim. O episódio foi lindo.

Mas esse episódio de hoje me levou a pensar: E nós, na vida real, o que fazemos de nossas vidas, enquanto nós, ou alguém que amamos é sequestrado, foge, morre ou simplesmente desaparece? E ainda vou mais longe, e se trocarmos o “alguém” por nossos sonhos, por aquilo que nos move, nos dá tesão, o que nos inspira e nos faz ter vontade de “viver” a vida ao máximo, em seu pleno potencial?

Na maioria das vezes deixamos o dia-a-dia, com seus problemas, suas tarefas cotidianas, com todos afazeres da casa, do trabalho, da escola, da sociedade, “sequestrarem” nossos dias, nossos sonhos, nossas metas, nossa convivência com aqueles que amamos. E nós passamos a simplesmente funcionar numa espécie de “automático”, e acordamos de manhã, tomamos banho, engolimos um pãozinho com café, vamos para o trabalho, almoçamos, ficamos por lá, 08, 09 12 horas - quando não mais, voltamos para casa, jantamos, às vezes nem conversamos com nossos entes quentes queridos e vamos dormir.

E outro dia se inicia, e tudo se repete. Não! Mentira, tem dias que ainda incluímos a ida ao banco (nem que seja pela internet) para pagarmos as contas e despesas do mês.

E assim, dia após dia, a vida vai passando. E a não ser que uma tragédia nos acorde, simplesmente os anos se seguem assim....

Até que quando nos damos conta, não há mais tempo. Não existe mais tempo de correr pelo quintal com as crianças, não há mais tempo de saborear um almoço ou um jantar com aqueles que amamos e jogar conversa fora, não há mais tempo de apreciar os passarinhos que às vezes vem beber da água que você regou as plantas (automática e rapidamente claro).....não tem mais uma oportunidade de andar de bicicleta pelo parque, nem tomar um banho de chuva no jardim........muito menos de se deliciar com aquele bolo de cenoura com cobertura de chocolate, simplesmente delicioso, que sua mãe (pode ser também sua namorada, sua esposa, sua irmã, sua prima, sua filha, sua melhor amiga) fez.

É, passa rápido. No seriado em questão, a mãe e o sobrinho demoraram 08 anos para reencontrar a Cindi (filha e prima amada), mas reencontraram. Daqui a 08 anos, nós reencontraremos nossos entes amados? Nossos prazeres queridos? Nossos sonhos perdidos?

Talvez sim, talvez não......não sendo drástica, nem radical, mas, meu pai após 01 mês de descobrirmos um câncer agressivo no estomago, nos deixou.........e o que sobrou? Além da saudade, palavras não ditas, abraços não dados, viagens não feitas, sonhos não realizados?

Em novembro passado, eu estive por 15 minutos com uma arma apontada para minha cabeça durante um assalto à empresa onde trabalho........ Graças a Deus sobrevivi. Mas......prefiro nem pensar nesse “mas”, nesse “se”......

Então, esse episódio do seriado de hoje, me leva a perguntar para mim mesma e para você:

O que você está fazendo “agora” para “VIVER” sua vida como você gostaria de viver? Você hoje já se amou? Já se cuidou? Já disse para seus amados, que os ama? Já deu um passo a mais ao encontro de seus sonhos, e ao encontro de “viver” como e com quem você ama? Já parou para se perguntar: A vida é só isso mesmo? E concluiu que a resposta é não? E tomou alguma medida em relação à isso?

Hoje, só por hoje, você quebrou algum “padrão”? Você se arriscou?

Será que nós teremos 08 anos para buscar, procurar e reencontrar TODOS e tudo que amamos? Ou para sermos procurados e encontrados?

Será que nós teremos 08 anos para pintar nossa vida com as cores que quisermos?

Como anda seu arco-íris?